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Estamos sentindo na pele a incerteza: concorrentes velozes, revolução algorítmica, antagonistas econômicos no mundo inteiro, sistema financeiro global não reformado.... Essas são apenas algumas das muitas forças capazes de alterar permanentemente o faturamento de uma empresa, indústria ou setor econômico, fazendo da incerteza o principal desafio da liderança na nossa época. A pergunta que todo mundo se faz é: ” Como tomar decisões e liderar se as coisas mudam de maneira tão imprevisível e rápida? ”

Quais as habilidades necessárias para ter sucesso nessa nova era de curvas fechadas? A vantagem de quem ataca é a acuidade perceptiva para detectar, antes dos outros, as forças capazes de transformar o mercado, de modo a ser o primeiro a dar o próximo passo. 

Assumir o controle da incerteza é o principal desafio da liderança na nossa época. Não falando do fundamento. Baseio – me no decorrer dos meus 25 anos como consultora organizacional, mentora e coach de líderes empresariais, desde membros de conselhos administrativos até gerentes de unidades de negócios, em companhias e indústrias do mundo inteiro, pude acompanhar de perto as ações e decisões desses líderes. Posso afirmar que a grande incerteza que vejo enfrentar os líderes hoje é algo realmente único. Em termos de escala, velocidade, impacto e crescente ubiquidade, é algo qualitativamente diferente -  em ordem de grandeza – de tudo que já aconteceu.

Sabemos que a vida é feita de incertezas. A maioria das incertezas no ramo empresarial é conhecida. Algumas são operacionais , como otimizar a produção para mudanças diárias na demanda, lançar um novo produto ou adaptar-se ás variações de taxas de juros. Outras são profissionais, capazes de afetar a segurança no trabalho e futuras oportunidades, como as decisões ruins de gestores, que podem favorecer rivais menos competentes.

Para sua empresa prosperar em meio a incerteza estrutural, será necessário um novo tipo de liderança – diferente daquele para o qual você foi treinado -, o que requer uma mentalidade totalmente distinta e a capacidade de prever o futuro e partir para o ataque.

A vantagem agora é de quem cria mudanças, não apenas de quem aprende a conviver com elas. Em vez de esperar e reagir, esse tipo de líder imerge nas ambiguidades do meio externo, avalia tudo antes de as coisas se assentarem, define um caminho e conduz sua organização nessa direção. Depois de conceber uma nova necessidade ou redefinir uma necessidade existente (via de regra, com um modelo de negócio em mente), o líder determina a imagem da nova empresa e direciona a organização, junto com seus parceiros externos, para o ataque. Por mais que tenha nos ajudado, nossa experiência pregressa não garante o sucesso neste novo mundo. A maioria dos líderes bem-sucedidos recebe feedback e reconhecimento por características como capacidade de comunicação, motivação, visão, decisão e, acima de tudo, a capacidade de entregar os resultados desejados em Wall Street. A maior parte das avaliações 360° que as empresas utilizam baseia-se nesses atributos. Ainda estou para ver uma avaliação que inclua as qualidades essenciais para transpor os principais obstáculos da liderança na nossa época: capacidade de perceber ad fontes de incertezas antes que os outros; tirar proveito da incerteza para definir uma estratégia de ataque; e preparar a organização para mudanças repentinas no meio.