Gestão da mudança, Cultura e Inovação: como fazer e gerenciar transformações na sua empresa. O primeiro movimento para a mudança é entender porque mudar. Por que mudar? a resposta imediata é porque o mundo está mudando e nós também precisamos mudar. Verdade! Porém, se a dimensão da mudança não for plenamente entendida e se os movimentos necessários para que a transformação aconteça não forem priorizados, corre-se o risco de ficar no meio do caminho. Para entender as reais necessidades de alterações em uma empresa, é preciso olhar para além das fronteiras e ver o que está acontecendo ao redor. Um destes acontecimentos é o avanço tecnológico, e aqui a coleção é vasta: Inteligência artificial, big data, internet das coisas, automação e robotização, além das questões mais básicas, como digitalizar, sistematizar e equipar a empresa com o que já existe no mercado. Outro fator indutor da mudança e um dos que mais está exigindo atenção, são as mudanças climáticas, pois nada no futuro será encarado da mesma maneira, e recursos que hoje temos, de forma confortável, como a água e energia, poderão ser extremamente escassos no futuro próximo. Assim como a tecnologia e meio ambiente, temos ainda grandes as questões comportamentais e sociais, acontecendo e mudando a forma de se fazer negócio em todo o planeta. Diversidade, acessibilidade, velocidade, enfim, existem muitas e importantes razões para mudar, mas qual é a prioridade? Se você decidir mudar tudo de uma só vez, não vai conseguir, ou as alterações não serão profundas, como exige hoje o mercado, ou sua empresa ficará confusa entre o hoje e o amanhã. Por isso, olhe para sua organização com profundidade, para o ambiente de negócios onde está inserida, para a maturidade digital e a partir daí, analise quais são os pontos mais sensíveis e entenda as reais necessidades de mudança e em qual sequência devem acontecer. Planejamento da Mudança – Uma vez entendida a razão para mudar, vem a hora da decisão e planejamento da mudança. Mudanças podem ser disruptivas ou evolutivas, inovadoras ou comportamentais, podem envolver toda a organização ou apenas uma unidade de negócio, mas seja qual tenha sido a motivação da mudança e qual o tipo de transformação necessária, é preciso implementá-la. E a garantia de uma implementação eficiente é o bom planejamento e gestão da mudança. Todo planejamento começa com uma visão de futuro, e para que seja traçada uma estratégia de implementação da mudança é preciso saber a lacuna entre a situação atual e a desejada. Só não podemos esquecer que estamos tratando de “mudanças”, “transformações”, e não de um planejamento comum, sem alterações profundas. E isso torna a tarefa mais complexa e vai exigir uma reflexão também sobre a cultura da organização. Algumas empresas são resistentes à inovação e reagem a ela como um sistema imunológico saudável reage a um vírus, não o deixando avançar no organismo. Uma empresa tradicional, que não tem a cultura da inovação e da mudança precisará adequar sua força de trabalho para que as transformações de fato ocorram. Tudo parece óbvio, mas muitas vezes o óbvio não é levado em consideração. Planejar significa definir a sequência de movimentos, e é isso que deve ser feito para que sua empresa tenha sucesso no processo de transformação. Mas como todos sabemos não basta planejar, para que as coisas aconteçam é preciso executar o planejamento. Novamente estamos diante do óbvio, mas sabemos que o óbvio muitas vezes não acontece. Implantação das ações para a mudança – as ações necessárias para a mudança desejada, precisam ser de fato executadas Uma transformação só ocorre se toda a força de trabalho estiver envolvida. E só há uma forma de engajar a todos: a comunicação! A Comunicação corporativa é uma das melhores ferramentas para ser usada na implantação de qualquer estratégia. Mas em se tratando de transformações, ela se torna ainda mais importante. Compreender o cenário, entender as razões da mudança, conhecer as competências necessárias para o futuro, são conhecimentos fundamentais para que todos acreditem nas razões para mudar e efetivamente se disponham a mudar. As novas gerações trabalham por uma causa, e estar preparado para o futuro não deixa de ser uma boa causa para as transformações em uma empresa, mesmo que sejam difíceis. O melhor investimento para que um processo de transformação aconteça é na aquisição de conhecimento e desenvolvimento de competências, são as pessoas que fazem os negócios. Porém, recursos financeiros também são necessários, seja na aquisição de tecnologia, de infraestrutura e até de outra empresa, por meio de fusões e aquisições, incluídos aí a possibilidade de adquirir startups. “Diga-me como é composto seu orçamento e te direis quem és!” Se não houver recursos alocados na inovação, ela não acontecerá. Mas em um mundo em transformação, quantas mudanças precisarão ser feitas? Inúmeras, sem dúvida. Portanto a ideia de mudança deve estar presente no dia a dia da organização. Tornando a mudança um processo – A mudança deve ser um processo e não um evento Quanto mais as empresas estiverem cientes de que a mudança é um processo, melhor conseguirão se adequar à modernidade e atender aos seus clientes de forma inovadora e eficaz. A Gestão da Mudança, tão considerada nos Planejamentos Estratégicos, nunca foi tão respeitada pelos gestores e líderes organizacionais, com a diferença de que hoje, ela faz parte da rotina e deve ser observada em todos os processos essenciais do negócio. O próprio modelo de negócio da empresa deve ser revisitado periodicamente e ser avaliado sob o aspecto da inovação e de sua pertinência. O mundo atravessa uma fase instigante e fascinante, e nós estamos vivenciando transformações intensas e que podem ter um impacto favorável fantástico em nossa sociedade e ambiente, só depende de nós, e eu acredito que as empresas têm um papel fundamental nesta evolução: agir com ética, seriedade, empatia e muita coragem!