Habilidades comportamentais são cada vez mais buscadas por empregadores Você já parou para pensar que, para chegar aonde quer e ser excelente profissional, você precisa ter habilidades comportamentais? Profissionais com um bom networking e desenvoltura para apresentar seus projetos chegam muito mais longe do que grandes gênios introspectivos. As soft skills, ou habilidades comportamentais, são aquelas aptidões que uma pessoa tem para lidar com acontecimentos, emoções e situações desafiadoras no dia a dia. Não dizem respeito a conhecimentos técnicos, por exemplo, mas à capacidade de lidar com as relações sociais e pessoais diante das circunstâncias. Nas empresas, isso é particularmente importante para complementar aqueles conhecimentos mais lógicos. Por isso, além de dominar a matemática, tecnologia ou economia, por exemplo, é preciso saber como se perseverar em situações difíceis e se relacionar bem com as outras pessoas. Quanto mais habilidades comportamentais um profissional tem, mais fácil ele torna o trabalho dos outros colaboradores na empresa. Consequentemente, mais portas ele acaba abrindo para conseguir oportunidades na sua carreira. Falar em público, negociar e liderar são alguns exemplos de atividades que demandam boas habilidades comportamentais. Por que as habilidades comportamentais são tão importantes na empresa? Os recrutadores estão sempre de olho nesse recurso pessoal valioso. Isso porque ele é fundamental para o desenvolvimento coletivo dentro dos negócios. Uma pessoa que é boa nas suas atividades apresenta um bom desempenho individual. Mas, uma pessoa que é boa com pessoas, puxa o desempenho da equipe toda para cima. Além disso, é muito mais agradável, fácil e construtivo conviver com pessoas que se relacionam bem, que sabem lidar com as próprias frustrações e que não desistem no primeiro “não”, concorda? Logo, as habilidades comportamentais do indivíduo são um componente-chave para a boa convivência e um clima organizacional saudável. De certa forma, as habilidades comportamentais poderiam ser chamadas também de “habilidades humanas” e estão intimamente relacionadas à inteligência emocional, à capacidade de sair de situações delicadas, à promoção de uma comunicação limpa e objetiva, e assim por diante. Tudo isso se converte em benefícios expressivos para as empresas. Ao analisar com um pouco de profundidade, você perceberá que é muito mais fácil treinar as habilidades técnicas de uma pessoa do que ensinar a ela um comportamento diferente do habitual. Uma pessoa que não sabe redigir um contrato vai acabar aprendendo pelo método de repetição. Porém, um indivíduo com uma mentalidade pessimista, por exemplo, pode não ter a mesma sorte. Por isso, os negócios estão começando a perceber que vale mais a pena contratar um talento com base no seu comportamento do que no seu conhecimento. É óbvio que, em uma situação ideal, ambas as capacidades deveriam andar lado a lado. Mas se for preciso escolher uma em detrimento de outra, então, podemos dizer que o comportamento deveria vir em primeiro lugar. Confira um exemplo Bem, suponhamos que a sua empresa tenha contratado o melhor gestor de TI que o seu time já viu. Ele é habilidoso, rápido e tem um vasto e profundo conhecimento sobre a sua área de atuação. Porém, sempre que pedem para que ele faça uma apresentação de um novo projeto, ele trava. Por mais que o time todo saiba que ele tem muito domínio sobre o que faz, suas falas são tão inseguras que mostram o contrário. Certamente essa pessoa não está preparada para estar à frente de uma equipe toda e levar adiante os trabalhos mais criativos do grupo. Por outro lado, um profissional com boas habilidades comunicativas, extrovertido e com boas relações, pode facilmente assumir esse lugar, ainda que saiba menos que o primeiro. Mas, atenção: não estamos sugerindo colocar uma pessoa inexperiente em cargos importantes só porque ela sabe falar bem. Só que para um cliente, pode ser muito mais atrativo negociar com alguém capaz de dizer “não tenho essa informação agora, mas posso verificar para você e explicar na próxima semana” do que uma pessoa que fica nervosa e gagueja, mesmo que saiba o que está falando.